Lourdes

Nos passos de Bernadete

No dia 11 de fevereiro de 1858, numa gruta junto ao rio Gave que atravessa Lourdes, a Virgem Maria apareceu a Bernadette Soubirous. Ao ouvir um barulho “como uma rajada de vento” numa alcova na rocha, Bernadette virou-se e viu “uma senhora rodeada de luz que olhou e sorriu para mim”. Foi a primeira aparição. Mais dezessete viriam a seguir. Todos os anos, Lourdes recebe milhões de pessoas de todo o mundo que visitam o Santuário de Nossa Senhora de Lourdes, aberto todos os dias. A Gruta de Massabielle é onde ocorreram as 18 aparições.

A água está onipresente em Lourdes na forma do rio Deu, mas, sobretudo, com a água da nascente que Bernadete descobriu em 25 de fevereiro de 1858, símbolo da purificação. Uma parte icónica da visita de qualquer peregrino a Lourdes, banhar-se nas piscinas é uma experiência espiritual significativa.

Desde as aparições, o santuário foi organizado para receber um grande número de peregrinos doentes e facilitar o seu atendimento. Existem agora dois centros de acolhimento médico para acolher os peregrinos idosos, doentes e deficientes que necessitem de ajuda, num ambiente confortável e seguro. A procissão eucarística, realizada todos os dias de abril a outubro às 17h, é uma experiência particularmente comovente para os fiéis doentes e deficientes, que recebem uma bênção especial.

De abril a outubro, uma procissão de tochas acontece todas as noites às 21h. É a parte mais emocionante do dia em Lourdes e uma oportunidade de oração muito valorizada pelos peregrinos e visitantes de Lourdes. Durante o período de Natal, a procissão de tochas assume a forma de um rosário de tochas acesas em frente à Gruta das Aparições, às 20h30.

Como Lourdes é um lugar muito cosmopolita, uma Missa Internacional é celebrada para todos os peregrinos em Lourdes, todas as quartas e domingos durante o período de peregrinação (abril a outubro), às 9h30 na Basílica de São Pio X, também chamada de Basílica de São Pio X. Basílica Subterrânea. A missa é celebrada em seis idiomas.

Longe da agitação, a cidade “alta” manteve a arquitetura dos tempos antigos com suas casas Bigorre. Pode-se passear pela cidade por ruas levemente inclinadas enquanto observa os telhados de ardósia de Bigorre. O castelo, uma impressionante fortaleza modificada segundo as instruções de Vauban, foi sucessivamente residência dos condes de Bigorre, esconderijo de mercenários, depois prisão real e finalmente guarnição antes de albergar desde 1921, um Museu dos Pirenéus que conseguiu preservar todo o seu encanto .

O Pic du Jer, sobranceiro à cidade, oferece um miradouro único com uma deslumbrante vista de 360° sobre Lourdes e os picos dos Pirenéus. Com um funicular centenário e encantador, inaugurado em 1900, é possível subir aos cumes para vivenciar a grandiosidade e a majestade da natureza.